domingo, 22 de maio de 2011

Almoço dos caçadores

Se não me engano, há já três anos que a associação de caçadores organiza este almoço, que pretende não só presentear todos os seus sócios e outros caçadores, mas também todos os proprietários pertencentes à zona de caça, compreendida nos termos de Assares, Lodões e Santa Comba.

Não me lembro se foi assim nos anos anteriores, mas este ano, a associação escolheu o último dia de caça ao tordo (20 de Janeiro) para realizar esta actividade, tentando desta forma abranger o maior número de caçadores, o que se torna uma magnífica ideia.

Sendo o motivo que é, e sendo realizada precisamente para esse fim, é óbvio que a ementa teria que ser constituída à base de caça, se bem que também se assaram umas febras e alguma carne entremeada para quem não aprecia carne de javali.
Melhor dizendo, de javalis. Tendo em conta o número de participantes, foi precisa carne de duas presas para que não houvessem falhas. E não houve.

Como se pode ver, a carne foi confeccionada naqueles magníficos potes que já raramente se vão utilizando, mas que para este tipo de eventos não há coisa melhor.

Portando-se como um verdadeiro ajudante de cozinheiro, o zelo do nosso conterrâneo Jacinto foi imprescindível para que tudo corresse às mil maravilhas.

Sendo a carne que é, de características muito intensas, a sua confecção requer alguma habilidade e paladar apurado. O nosso cozinheiro-mor, o Paulo Vilares, lá se encarrega de não se esquecer de trazer os ingredientes, entre os quais algumas ervas aromáticas dos nossos montes e também bebidas alcoólicas para tornar a carne mais macia. O resultado revelou-se excelente.
Enquanto uns se ocuparam das carnes, outros atiraram-se às batatas, que depois de cozidas tornam-se o melhor acompanhamento para este "gaspacho". E como se pode ver, por todos não custa nada. A mim, mais o "Parrilha", tocou-nos o descasque dos alhos e das cebolas e depois a assadura das outras carnes.
Quando se aproximou a hora do almoço, o pessoal lá se foi juntando, ansioso por participar neste alegre acontecimento. Enquanto se esperava, ia rodando um garrafão com um bom Porto, para abrir os apetites. Embora haja mulheres de caçadores que participam também nestes eventos, neste dia são poupadas ao trabalho, ficando tudo por conta dos homens.
Pronta a paparoca, toca lá a sentar para saborear o almoço em alegre comunhão.
O salão estava cheio com practicamente todos os lugares ocupados.

E toda a gente foi muito bem servida por estes dois caçadores!

Para evitar andar com travessas pelas mesas, cada pessoa, retirava um prato à entrada, e ao passar por aqui era-lhes servida a carne e as batatas. Foi muito boa ideia. Havia ainda outros dois servidores do outro lado, mas não me recordo agora quem era e na altura da fotografia também já não estavam lá.
Por conversas que se foram ouvindo, mais uma vez este acontecimento foi um sucesso. Ouvi muita gente gabar a comida e também muita gente de fora, elogiar a organização do evento assim como as magníficas instalações de que dispomos para a sua realização.
Pelo que vou constatando e pelo que muita gente diz, as pessoas de Santa Comba parecem ser as que menos aderem a estes acontecimentos. Nota-se a falta de alguns caçadores e também de muita gente da aldeia que, com todo o direito poderia participar. O almoço é divulgado em edital e só não vai quem não quer. Mas como bem diz o povo, só fizeram falta os que lá estiveram.

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