domingo, 9 de agosto de 2009

Programa da festa



Cá temos nós então mais uma festa na nossa santa terrinha.

Embora dê a ideia de ser um programa curto, pelo que consta será de boa qualidade.

Desde que me conheço, não tenho ideia de alguma vez ter falhado a festa do S. Bernardo e embora não me lembre de todas elas, sei que anos houve em que a programação incluiu variadas e inúmeras actividades, desde jogos de futebol, torneios de tiro aos pratos, motocross, jogos tradicionais e se calhar ainda outras que agora me escapam. Não é que me esteja a queixar do programa deste ano, de maneira nenhuma, mas apenas a relembrar outros tempos.

A mim basta-me a ideia da própria festa em si. É sempre motivo bastante para reencontrar velhos amigos e confraternizar, recordando sempre bons e alegres momentos partilhados.

Embora não seja dos que dizem mal de quem faz, no entanto, tenho-me interrogado sobre alguns aspectos, os quais revelam somente um acto de pura curiosidade e não pretendem reflectir qualquer intenção critica de maledicência.

Sabendo que o dia da comemoração de S. Bernardo é o dia 20 de Agosto, dia da sua morte (1090-1153), no meu entender, ou se festejava nesse mesmo dia ou então no sábado seguinte, como tem sido hábito e aproveitando mais o tempo de lazer dos nossos conterrâneos.

Também não me identifico muito com a ideia de contratar grandes artistas que, com os seus escandolosos cachet's e em pouco mais de uma hora "esfolam" ali o trabalho de um ano inteiro. Apesar de ser uma tendência natural das comissões de festas, a qual se percebe pelo objectivo apelativo de público, por vezes mais não são do que concertos de música pimba em que pasmados nos pomos para lá a olhar, perdendo-se dessa forma o tão popular e divertido bailarico.

Outra coisa que, no meu entender, retira alguma alegria a uma festa é a ausência de fogo. Embora se tenha tornado interdito o lançamento de fogo de artíficio de cana, sempre haveria a possibilidade do fogo de canhão.

Por erro da gráfica, não consta no cartaz que, a procissão decorrerá com o acompanhamento de cavalos montados pela GNR. Uma novidade nesta festa e que poderá resultar num interessante pormenor.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

salta-rostos


Provavelmente já todos nós vimos destes bicharocos em nossas casas, principalmente agora no tempo do calor que é a altura em que eles mais aparecem. Antes de mais, agradeço ao nosso conterrâneo Manuel Vilares (também ele seródio) o envio das fotos, pois já tinhamos conversado sobre este assunto e daí ter surgido a ideia deste post.

A pesquisa na web, enquanto salta-rostos, não nos fornece grande informação, mas se procurarmos por osga, o seu verdadeiro nome, aí sim, ficamos a saber muito sobre este animal e algumas das suas características. E, curiosamente, ao contrário do que se pensa, a maioria das pessoas, eu inclusive, têm uma ideia errada deste útil bichinho, chegando a ter-lhe nojo e até algum receio. A minha pesquisa sobre o salta-rostos resultou nisto:

  • salta-rostos (o m.q. osga): nome científico - tarentola mauritanica; animal de tamanho moderado, atingindo em média um comprimento de 8,5 cm; aspecto aplanado, com uma grande cabeça bem destacada do corpo, olhos grandes e redondos; abundante no centro e sul do país, sendo muito rara no Norte; vive em zonas rochosas ou pedregosas, e também em zonas urbanas e rurais, onde aparece principalmente em muros, habitações velhas ou troncos apodrecidos; hiberna no tempo frio e no Verão só aparece de noite para evitar as horas de mais calor; a alimentação é feita à base de formigas, aranhas, escaravelhos, moscas e mosquitos; gosta de estar perto dos candeeiros à espera dos insectos que são atraídos pela luz; reproduz duas vezes por ano; a deposição dos ovos é feita em grupo, aparecendo no mesmo local ovos de fêmeas diferentes.

Além desta informação enciclopédica, muitas mais coisas se poderão encontrar, as quais nos ajudarão a conhecer melhor o comportamento do salta-rostos e a desmistificar as lendárias e erradas ideias que as pessoas têm dele, tais como dizer que contêm substâncias venenosas e peçonhentas (cocho) que poderão provocar irritações na pele ou até envenenar a água caso caiam dentro dos recipientes. A bem da verdade, convenhamos que o bicho nada tem de atractivo e a maior parte de nós gostamos de os ver bem longe, ou até nem os ver, mas o facto é que , os salta-rostos não são venenosos e até são muito benéficos.


Numa outra pesquisa, foi permitido saber que, José Louro, biólogo formado pela FCUL e a leccionar em Oxford, trabalha diariamente desde 1990 com répteis, esclarece que nenhuma espécie de osga (em Portugal só existem duas espécies) poderá causar qualquer problema a quem agarrar uma, pois são completamente inofensivas e são criaturas benéficas, pois eliminam, entre outros insectos, alguns prejudiciais, como os mosquitos.

Posto isto, e porque não se trata de apresentar aqui uma campanha para a preservação da espécie, mas visto não ser um animal venenoso nem perigoso, já temos motivos para não os matar, pois podem ser-nos muito úteis para eliminar outra bicharada que tanto nos incomóda. E ainda por cima estes das fotos que são nossos conterrâneos, nascidos, criados e residentes em Santa Comba.

A minha relação com os salta-rostos? Bem, já matei alguns, mas agora tenho sido mais tolerante. Lá em casa andava um, aparecia na parte de fora do vidro sempre que estava a luz de dentro acesa. Este ano ainda não o vi, mas já alguém se queixou da abundância de mosquitos (pois os putos aparecem todos picados) e atribui esse facto à ausência do salta-rostos. Não sei.

Histórias com salta-rostos? Cresci numa casa velha onde os pobres dos bichos não tinham a mínima hipótese: primeiro, eram abatidos à vassourada e depois de atordoados no chão eram esborraçados com as tenazes. Contudo, uma vez acordei com um, do tamanho do dedo mínimo, debaixo de mim. Outra vez, ao pegar num bloco, subiu-me um pelo braço acima e dei um salto eu e o bloco; e numa outra, um primo meu pegou na pressão d'ar e começou aos tiros a um dentro da sala, onde ainda hoje se podem ver as marcas dos chumbos.

Agora, porque lhe chamam salta-rostos? Sinceramente não sei! Será porque saltam para a cara das pessoas? Não tenho conhecimento disso. Se houver alguém que saiba, diga.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

outros tempos

A primeira vez que vi esta foto, não consegui identificar a pessoa, embora não tivesse andado muito longe visto que as semelhanças são por demais evidentes.

O que realmente me intrigava era o local onde fora tirada, local esse que também não consegui identificar, isto porque não consegui localizar aquele edifício na nossa aldeia.

No entanto, é lá. Se por acaso alguém quiser tentar reconhecer a senhora e identificar o local, poderemos fazer aqui um interessante exercício de memória.

Acrescento que, nas costas da foto está inscrita a data de 17-8-1957, ficando sem saber ao certo se corresponde ao momento captado.

Bons palpites.

seródio