sábado, 19 de junho de 2010

Moinho da Ferradosa ... noutro dia.

Era certo e sabido que, depois de saber da localização exacta do moinho, teria que lá voltar. E assim foi. Aproveintando um ameno dia de Fevereiro, e porque a vegetação estaria mais verde e macia, eu e a Sofia, armados de tesoura da poda e de pedoa, lá fomos desbravar o que impedia uma visão mais abrangente do que resta do moinho da Ferradosa

Pela sua localização, é óbvio que este moinho se encontrava bem adapatado ao regime torrencial do ribeiro da Ferradosa, um ribeiro de montanha de apressada e abundante corrente.
A captação da corrente de água localizava-se muito mais acima do moinho, sendo depois canalizada pela levada que transportava a água até aqui, ao bocal do cubo.
O cubo era constituído por enormes rodelas de granito, sobrepostas e escavandas no meio formando um anel.

Pelo que se pode ser nesta foto, poder-se-á calcular a monumentalidade do moinho e a grandeza do cubo, visto que na foto anterior, a parte do cubo que se vê, ainda é por cima da parede.

A seteira, parte final do cubo, tem dois oríficios, quando regra geral só tem um. Sem dúvida que este pormenor significaria que este moinho, além de fornecido por abundante caudal seria uma estrutura de grande produção.
Depois de algum esforço e paciência, lá conseguimos por aquilo tudo limpinho.
É pena que não se faça um percurso pedestre que esteja permanentemente limpo para quem gosta de usufruir da natureza e de apreciar vestígios de outros tempos.


Ainda tentamos esgravatar e limpar a caleira da levada, também escavada na rocha, mas obviamente o tempo não dá para tudo. Ficará para uma próxima oportunidade.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Moinho da Ferradosa


Nós sabiamos que era por ali.
Numa manhã de um acostumado dia quente de Agosto, o Paulo e eu tinhamos finalmente encontrado o moinho da Ferradosa

Por tanta vez que passei por ali à caça, nunca o tinha visto. Não se vê!
Ensombrado por todas aquelas árvores, ele lá está. Parado. Cansado de tanto moer.

Pela sua enorme estrutura, terá sido um engenho com grande actividade.

E se era assim tão grande, teria que ser servido por uma significante corrente de água.
Acho que ouvi dizer que o ribeiro da Ferradosa nunca seca.
É capaz que não corra, mas pelo que vou vendo, ao longo do seu curso vão-se encontrando poças de água e muitas zonas húmidas.


É óbvio que sem a ajuda do Zé Bernardo teriamos levado mais tempo a encontrar o moinho.

Sabendo da nossa intenção, logo se prontificou para nos acompanhar na descoberta.

E ficou tão entusiasmado como nós!


Numa fotografia que ainda não vai aqui, poder-se-á ver mais tarde, uma das paredes do moinho
.Aliás, uma parede "esborralhada" por alguma trovoada.

Esta é a saída por onde a força da água fazia mover o moinho. Não o parecendo, é muito maior do que parece.

O meu avô lembrava-se deste moinho trabalhar. Também por isso, a minha curiosidade aumentou.

E desde já, acho que é um belíssimo passeio.