(continuação)
"O programa das festas foi o seguinte: Chegada às 17 horas e meia, sendo o sr. Governador Civil aguardado à entrada da povoação pela Junta de Freguesia, regedor, dr. Aleixo Guerra e Graciano Monteiro, importantes proprietários naquela localidade, que do Pôrto, onde residem, vieram expressamente para assistir àquele acto; centenas de pessoas acompanhadas da Filarmónica Vilaflorense da regencia do mestre Freitas.
Em seguida, o sr. Governador Civil, acompanhado das entidades oficiais, dirigiu-se às nascentes e depois à Igreja Matriz, onde foi celebrada pelo vigário reverendo João Lopes, missa cantada, acompanhada por um grupo de meninas de Santa Comba.
Finda a cerimónia religiosa organizou-se o cortejo em direcção ao Largo das Escolas. Tomaram parte as autoridades, o reverendo pároco, paramentado, que acompanhava a Cruz, as crianças das escolas com os respectivos professores, Filarmónica Vilaflorense, a Tuna da Casa do Povo de Valfrechoso com bandeira e milhares de pessoas de Santa Comba e povoações circunvizinhas deste concelho e do vizinho de Alfândega da Fé. Naquele local procedeu o rev. pároco à benção dum dos 7 marcos fontenários distribuídos pela povoação, e em seguida do lavadouro publico, que tem 12 torneiras que abastecem igual número de lavadouros; tanto este como aquele encontravam-se ricamente ornamentados e fechados com laços de fita que foram cortadas pelo sr. Governador Civil, ouvindo-se nessa altura numerosas palmas e "vivas" ao Estado Novo e seus Chefes."
in, Diário da Manhã, 20-06-1939
(continua)
2 comentários:
interressante é apercebernos da quantidade de fontes e marcos que pululam por aí,sim, mas inoperantes...
sinais dos tempos?
abraço
Sempre ouvi dizer que, quem bebesse água de Santa Comba, jamais sairia de lá. Porém, hoje em dia, a água da aldeia já não consegue radicar as pessoas da mesma forma. Os marcos restam-se de pé, inertes, donde já não se mata sede nenhuma.
Tempos houve ...
abraço
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